Dellandrea é um sobrenome de família, que com muito orgulho nomeia a empresa que dirigimos e exige de nós honrá-lo prestando um serviço de muita qualidade acima de tudo, com DEDICAÇÃO, PAIXÃO DE VERDADE pelo que fazemos, afinal é o nome de nossa família.
A história da família começa no Brasil, a partir de 1875 com a chegada de imigrantes vindos da região do Trentino Alto-Adige para o Vale do Itajaí em SC onde o Dr. Blumenau – responsável pela colonização encaminhou os recém chegados para a hoje cidade de RODEIO.
Para entender melhor, precisamos imaginar (é quase impossível diante de tantas modernidades/facilidades que temos hoje) as muitas dificuldades que os povos passavam na Europa. A região do Trentino ou Tirol Meridional (do Sul) na época era dominada pelo império Austro-Húngaro, cada vale falava seu dialeto, sofria as conseqüências de revoluções e guerras, perseguições religiosas, vivia em grande pobreza, vitimas de uma sociedade feudal, muitos não conseguiam pagar seus impostos e milhares de propriedades foram confiscadas; dominada por altas montanhas chamadas Dolomitas (Alpes), já não possuía mais terras agricultáveis disponíveis, (as terras eram indivisíveis e somente o filho mais velho herdava). A região autônoma do Trentino Alto Adige/Südtirol, hoje nordeste da Itália divisa com a Áustria, sempre teve forte influência alemã, ainda hoje são cerca de 35% da população de 1 milhão de habitantes que vivem em cerca de 13.600 km2 (1/7 de SC que tem 95.000 km2) e falam basicamente 3 idiomas ( italiano, alemão e ladino-dolomita) . Neste contexto foi que GIOVANNI BATISTA DELLANDREA (bisavô) resolve emigrar para o Brasil. Os emigrantes vinham de navio misturados a carga em condições sub-humanas até o Rio de Janeiro e depois enviados para o Sul do Brasil, se fixando na localidade de Rodeio – SC. Um de seus filhos JOÃO BATISTA DELLANDREA (Joanin de Tita – como era conhecido “cabelo de fogo – ruivo”) foi um dos primeiros nascimentos na nova colônia, sendo batizado em baixo de uma figueira, pois nem a igreja tinham construído. Meu avô era figura carismática e conhecida de todos na cidade. Vendia picolés com uma carroça de um burro só, tinha uma caixa de madeira, colocava os picolés no centro, 2 barras de gelo, 2 kg de sal e percorria as poucas estradas. Como tudo era muito precário, quase não existia dinheiro (em espécie) os negócios eram feitos a base de troca. Picolés por produtos coloniais, ovos, queijos e tudo que pudesse ser negociado. As crianças o adoravam e muitas vezes também aprontavam, com peripécias de crianças, trocavam picolés por ovos “chocos” (a crianças roubavam os ovos dos ninhos das galinhas). Joanin teve 11 filhos entre eles “LUCIA DELLANDREA PEREIRA”, minha mãe, que quando moça veio morar em Blumenau, casando-se com RAMILLO PEREIRA e foi onde nasci RENATO PEREIRA.
Desde criança sonhava com o mundo, paisagens, novos horizontes, sonhava. Na escola não entendia o mapa mundi, achava como os navegadores, que depois do horizonte, o mar tinha um enorme abismo para o infinito. Quando a professora trouxe o globo, descobri e entendi que o mundo era redondo. Não parei mais de sonhar. Comecei a colecionar cartões postais e viajava. Viajava nas imagens esperando um dia conhecer todos aquelas lugares. Comecei minha vida profissional em 1990, trabalhando em uma escola de informática, quando computador ainda era um mito e as pessoas não tinham muito acesso. Computadores daquela época já são peças de museu e nem faz tanto tempo assim (PC XT 286 / 386 / AT, etc..). Trabalhei e pouco tempo depois começamos uma nova escola em Ituporanga (Alto Vale). Mas faltava alguma coisa. Retornei a Blumenau e em 1992 tive a oportunidade de fazer um curso de Guia de Turismo Regional e na mesma época outro curso de Guia de Excursão em Balneário Camboriú. Depois de muito estudo, esforço e sacrifício meu e de meus pais (RAMILLO e LUCIA), comecei a trabalhar como guia de turismo (a titulo de informação guia turístico é um informativo – impresso, digital etc..). A falta de oportunidade como guia de turismo nos levou a organizar excursões e com o aumento desta atividade verificamos a necessidade de abrir uma agencia de turismo sendo criada em abr- 1995, a Dellandrea Turismo Viajei e Gostei!. Hoje (2009) já são 17 anos como guia de turismo e 14 anos da Agencia a seu serviço, sendo sócios RENATO PEREIRA E JANE DA SILVA PEREIRA.
Enfim um pouco da nossa história.
A vida é um livro e quem viaja, conhece várias páginas deste livro. Venha viajar conosco. Saia do lugar comum. Veja por onde já viajamos. Escolha os seus destinos favoritos e venha fazer parte desta grande Família e estar no próximo álbum...
Estas fotos são aquelas tradicionais tirados por fotógrafos profissionais e escolhidas aleatoriamente, uma maneira de homenagear o que temos de mais importante – VOCÊ nosso viajante e todos que já viajaram com a Dellandrea Turismo Viajei e Gostei!.
Por RENATO PEREIRA.
A saga dos Emigrantes:
"Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro? É a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco. Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne. Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria? Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?" (resposta de um italiano a um Ministro de Estado de seu país, a propósito das razões que estavam ditando a emigração em massa)
